sábado, 9 de julho de 2011

*10 pessoas que inspiram meu estilo burlesco*

*
Elas não se restringem a um período ou grupo específico. Na verdade, as musas que me inspiram vem em todos os tamanhos, gêneros e estilos.

A diretora da New York School of Burlesque escreveu, literalmente, O livro sobre neo-burlesco. Além da ruiva ser minha inspiração quando se trata de performances de humor impossível, a dedicação dela em aproximar pessoas, criar projetos, estudar e ensinar o gênero me instiga a pesquisar ainda mais.

A auto-intitulada "Che Guevara do Burlesco" tem um humor ácido e uma variedade de performances de crítica política. As curvas mais do generosas não tolhem o estilo glamouroso da loira.


Minha segunda loira favorita não era exatamente a mais delicada das mulheres. Muito pelo contrário. Além de escrever todas as falas dos filmes e peças em que estrelou, era a dona do mais puro humor erótico com o qual já me deparei. As melhores indiretas (e diretas) do cinema saíram de sua pena. Hollywood não pôde com ela, e é por isto que ela me inspira.

Talvez tenha sido o caso que o esplendor dos seus atributos físicos ofuscou seu talento para a comédia. Não sei bem. Mais do que um par de peitos e um par de olhos sedutores, ela interpretava como ninguém a loira desmiolada.

Quando se pensa em grandes leques com penas de avestruz no burlesco, se pensa em Sally Rand. Sua graça e  movimentos ainda são difíceis de equiparar.

A moreninha corajosa vai muito além da "bunda que faz POW!". A também professora de burlesco contribuiu grandemente para o reconhecimento do gênero no mainstream norte-americano ao aparecer no reality show "America's got talent" em 2006, fazendo uma adorável performance de Branca de Neve. Ah, ela também foi a primeira dançarina de burlesco internacional a colocar os pézinhos em terra brasilis.

Sim, eu prefiro cérebros à aparência (o nome disto é sapiosexualidade). Não que Gypsy Rose Lee fosse difícil de se olhar, mas essa "self made woman" praticamente redefiniu o striptease. Estrela do show dos irmãos Minsky, misturando humor e uma boa dose de pele, Gypsy dava particular ênfase ao "tease". Escreveu um romance policial sobre o assunto e um dos melhores musicais sobre o tema é uma biografia da dançarina.

Não bastassem as curvas extremas, a dançarina ainda por cima produz alguns dos objetos de cena e figurinos mais incríveis da atualidade. Ah, e os números dela são divertidíssimos.

Minha atriz favorita da década de 1930 teve poucos papéis principais (ela interpreta originalmente o papel que Marilyn fez em 1953 em "Como agarrar um milionário"). Mas além de ter a desfaçatez de ser casada com o Dick Powell (#todossuspira), atuar em boa parte dos filmes do Busby Berkeley e sapatear lindamente, ela ainda tinha a pachorra de ter o sorriso mais lindo do cinema antigo. Enquanto Sweetie, boa parte da minha persona é baseada nos personagens que este docinho interpretava.

Minha querida pupila, melhor amiga e sócia esteve por aqui hoje à tarde, e pediu exigiu ser incluída na lista. Acho justo, já que aprendi muito sobre o processo de criação burlesco trabalhando junto com ela. Demoiselle Mimi Mi, esse esquilo comedor de queijo tomador de coca-colas, é sempre uma lição quando se trata de trabalhos manuais, surtos psyduckianos e humor nerd. Nós brilhamos mais e melhor juntas, especialmente quando brincamos com o absurdo. E ela fica incrível vestida como um menino. Thanks honey.

Segundo dna. Mimi eu sou uma pessoa feliz e saltitante (o termo que ela usou foi borbulhante). Bem, essa pessoa feliz e saltitante já esgotou as reservas mentais por hoje. Amanhã eu volto com a difícil missão de enumerar as 10 músicas na minha gigantesca playlist que me inspiram para o burlesco. E não, não se limitam às que eu de fato danço.
*

Nenhum comentário:

Postar um comentário