domingo, 29 de janeiro de 2012

*21 filmes que você DEVE assistir para entender o Burlesco - #5*

*


"It's the depression, dearie". Com Ginger Rogers, minha loira favorita Joan Blondell e o charmoso Dick Powell, a temática clássica das dançarinas do coro que tentam convencer um milionário a salvar um espetáculo se repete, sob a batuta do extravagante Busby Berkeley.
Para tomar nota: pré-código, as lingeries do filme são adoráveis, assim como os números musicais e as coreografias. É interessante a abordagem da temática da depressão em meio à opulência dos cenários, e o assunto é bem explorad.
Onde assistir: torrent, netflix, download

Close na gracinha da Ginger Rogers cantando em "pig-latin" (espécie de língua do P estadunidense).























São uma gracinha, não?
*

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

*"Check-list" Burlesca: Cheesecake*

*
A convidada desta sexta é a branca de neve da terra brasilis, a talentosa Cheesecake. A bela, que tem formação em dança clássica e do ventre, se auto-intitula uma "showgirl". Para o dicionário, uma showgirl é uma mulher, geralmente vestida com roupas provocantes e chamativas, que se apresenta em uma produção musical ou teatral.

Com foco em performances de luxo para um publico classe A, este bolo de queijo é uma pisciana tipica quando se trata do refinamento estético e sensorial que envolvem o seu trabalho. Cheesecake estreou no meio das performances burlescas em outubro em 2010, mas se recusa permitir que o rotulo limite seu trabalho. "Minhas referencias são as artistas da virada do seculo XIX, o cabaré francês e o orientalismo". Mais glamouroso e menos humorístico, nem por isso suas performances perdem em diversidade.

Foto: Lailson Santos
 


Cheesecake define a diferença entre a dança burlesca e o trabalho como showgirl da seguinte maneira:

"Como showgirl, eu posso subir no palco vestida de passista e dançar um super samba, ou vestida de hawaiana e dançar uma hula. Agora sob o rótulo burlesco, as pessoas esperam sempre uma linha de show específica. 
Eu já tive rótulos em outras danças que trabalhei profissionalmente e hoje fujo deles o máximo que posso. Meu Strip Chic, por exemplo, tem uma levada burlesca, mas não é um autêntico striptease burlesco. Não existe comédia, as roupas não são sempre de época, nem as músicas. O título "Showgirl", faz com que eu me sinta livre para criar e apresentar o que bem entender".
Prontos para a check-list da Cheesecake?

Cheesecake no Clube A por Liana Nakahodo
 

Quais são as coisa básicas que um dançarino burlesco deve ter ou adquirir para começar?

Um bom figurino é tudo, mas, não algo que você compra em pedaços por várias lojas. Quando eu digo figurino, quero dizer um traje pensado, desenhado, elaborado, que combine com a sua personagem e esteja de acordo com a sua proposta.
Não precisa ser necessariamente caro - apesar de coisas boas custarem mais, pode ser criativo. A principal necessidade é que seja original, único e que represente sua essência.Pra explicar direitinho, eu faço burlesco, mas não me considero burlesca, me considero uma "Showgirl". Por isso raramente eu uso trajes realmente burlescos, não me prendo a esse estilo. Gosto de representar várias personagens no palco. Meu figurino atual é uma piratinha, por exemplo. 
Já me vesti de Fada Verde, de dama antiga, de Betty Boop, de vedete, de mamãe Noel e até de noiva. Gosto de roupas elegantes e geralmente opto por vestidos longos, saias rodadas. Não faço muito o estilo cabaré. Raramente uso meia arrastão ou paetês por exemplo. 
Foto: Ligiane Braga

Foto: Bruna Zógue
O que faz parte da sua lista de compras profissional?
Como eu trabalho com um ou dois figurinos por temporada, não costumo comprar muitas peças de roupas. Acabo consumindo CDs importados, dvd's e livros sobre o tema burlesco, mas mais ainda sobre danças em geral e qualquer assunto que envolva performances. Gosto também de ler biografias sobre as atrizes e dançarinas da época e tenho uma coleção de filmes mudos, da qual eu morro de ciúmes e é minha principal fonte de inspiração pro palco.
Maquiagem também ocupa o topo da minha lista. Mas, não saio comprando descontroladamente. Compro os itens básicos, mas sempre de muita qualidade. Não uso muito glitter e não abuso de cílios postiços, por que não gosto de olhar no espelho e me sentir uma Drag Queen. Eu gosto de subir no palco parecendo uma mulher elegante, uma mulher real. Morro de medo de ficar caricata.
Fotos: Studio Cake
 


No que você investiu quando começou a se apresentar?
Construí um palquinho, que parece um picadeiro, para que eu nunca precisasse dançar no chão. Até hoje, se eu preciso dançar em algum lugar que não tenha palco, levo o palquinho, por que não danço no chão de maneira nenhuma. Ele tem até sua própria iluminação, um fio de led, igual ao da banheira. E tem um buraquinho por onde escorre a champanhe. Quem fez pra mim e pensou nisso tudo, foi o cenógrafo Geraldo Markes.
Depois veio a banheira e o resto é história 

Cheesecake é prova viva de que sofisticacao nao precisa ser sinonimo de esnobismo. E voce? Sabe quem é o seu publico e o que é que ele quer? Qual é o SEU foco enquanto performer?
*

O fim de semana promete ser exaustivo, mas domingo tem mais!

xoxo

Sweetie Bird

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

*Agenda: Female Angels em Macapá*

*
Tem festa nesta sexta no Solar das Palmeiras com as Female Angels, live vocal de Natalie Bergamo e performance de cabaré com estética burlesca por moi, Sweetie Bird.


O trabalho das DJanes Thascya e Morgana, integrantes do projeto, pode ser visto na festa burlesca que aconteceu no último sábado (21) naquele reality show do qual todo mundo ama falar mal.

Ok, Macapá. Here I go!
*

*Clipping: "Filmes pornôs - mulheres que trabalham atrás das câmeras"*

*
Foi publicada hoje, 26/01, a entrevista que dei para a seção Vila Mulher do portal Terra sobre como é produzir pornografia.

Acho que cabe ressaltar que meu flerte com o alt-porn começou com o meu trabalho no SuicideGirls, e que o gênero no país tem boas surpresas em questão de enredo e qualidade, coisas com que as grandes produtoras nacionais parecem não se preocupar...

Foto: Andrea Lavezarro para SG

Vale a pena ler a matéria, disponível aqui: http://vilamulher.terra.com.br/filmes-pornos-mulheres-que-trabalham-atras-das-cameras-3-1-31-667.html

Teaser da sessão "Verão sem sol", para a qual produzi cabelo e maquiagem.

Cabem apenas duas correções ao texto: não sou eu que produzo locações (embora possa sugerir se for necessário) e não deixei de dançar burlesco, como o post dá a entender.

Fiquem de olho na XPlastic. É por lá que está o Cozinha ao Ponto e minha atual produção textual voltada à sexualidade.
*

*Clipping: Ação "burlesca" pré-desfile para Cavalera - SPFW Inverno 2012*

*
"Nos dizem que é o talento que cria a oportunidade, no entanto é o desejo que cria o talento" Desconhecido, via Quotable.es

No último domingo, dia 22 de janeiro de 2012, a Estação da Luz foi palco do desfile de inverno 2012 da Cavalera. Com inspiração em um Velho Oeste urbano e com pitadas de steampunk, a intervenção burlesca orquestrada pela Madame Sher, anterior ao desfile, com direito a incrível "New Orleans Jazz Band", deixou tudo muito mais interessante.

©Agência Fotosite
Foto : Sergio Caddah / Ag. Fotosite
©Agência Fotosite
Foto: Ego
Foto: AgNews
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
Foto: Ricardo Fanucchi
Foto: Ego
Foto: Philippe Lima/AgNews
Photograph by: AFP PHOTO / Yasuyoshi CHIBA
Não se tratava de uma apresentação de dança ou uma performance burlesca, mas uma ação para recepcionar aos convidados e chamar a atenção da mídia com elementos da estética do burlesco.  Entre as presentes, quem de fato se devota ao estilo são a showgirl Cheesecake, Marilyn Kotz e moi, Sweetie Bird. As demais modelos são oriundas de diferentes universos, como o rockabilly e o gótico, e tem em comum o apreço pela visual pin-up e os musicais. As Deendjers, dupla de drag-queens super glamourosa de Curitiba, estavam por lá, roubando a cena.

Quer ver mais? O Chic editou um vídeo muito bacana, explicando a ação e o desfile, disponível aqui.
*

domingo, 22 de janeiro de 2012

*21 filmes que você DEVE assistir para entender o Burlesco - #4*

*
#4 - Dancing Lady (1933)

É difícil não gostar de Dancing Lady. O primeiro filme de Fred Astaire, estrelando Joan Crawford e Clark Gable, começa com uma cena de burlesco como era na época: uma música cômica, belas mulheres desfilando e uma batida policial. Retratando o backstage dos musicais da Broadway, o filme conta a história de uma bela dançarina dividida entre o amor do milionário que quer investir nela e sua admiração pelo diretor do musical. Com a presença dos Três Patetas, o ritmo de narrativa pode provocar um pouco de estranhamento entre quem não costuma ver filmes desta época.
Para tomar nota: a abertura no teatro burlesco, as cenas de dança, figurinos. E a excelente fala da cantora Rosette no tribunal:
Juiz: Qual o seu nome?
Rosette: Rosette Henrietta LaRue! Ocupação: Balançar os quadris!
Juiz: Oras, Srta. LaRue, exatamente no que se constitui um striptease?
Rosette: Uma boa constituição e alguns zíperes.
Juiz: Não seja ambígua.
Rosette: Eu não serei se você não for.


Onde assistir: online, torrent, netflix














*