terça-feira, 15 de setembro de 2009

#FollowFriday: Com o perdão da palavra*

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Mais uma semana passou, entre fotos, aulas, figurinos e passeios. Dica: Não recomendo fazer o circuito Santa Ifigênia - Bom Retiro de salto fino e alto. Mesmo que uma garrafa grandona de Tucupi e as burekas da Casa Búlgara tenham feito as bolhas valerem a pena.
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Fui fotografar material novo na terça-feira, na Jive Club. Produzir é sempre super divertido, e foi hiper legal trabalhar com duas fotógrafas novas. Simplesmente supimpa.
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Amanhã eu posto algumas, ok?
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Falando da temática pin-up e com meu baby-liss "on high", desde então não consigo tirar da cabeça uma das coisas que mais me irritam quando se fala sobre o assunto.

Com o perdão da palavra, pau no cu de quem acha que pin-up é coisa da década de 1950. Nem 50, nem 40. As primeiras ilustrações no estilo são das últimas décadas do século XIX. A Gibson Girl, ideal de beleza do período entre 1880 e 1910, era alta, jovem e bem-vestida, e só perdeu forças com o começo da 1a Grande Guerra.

Gibson Girl

Das garotas do Ziegfeld, que glorificou em seus Follies a beleza da mulher americana entre 1907 e 1931, e o primeiro a contratar Alberto Vargas para retratar a intimidade das suas dançarinas afim de aproximar o público do elenco; às flappers, ou melindrosas, da década de 1920; ao filme Pin-Up Girl, de 1944, estrelando Betty Grable e popularizando o termo; às revistas Esquire, Whisper, Wink e Flirt; do trabalho de Gil Elvgren e outros artistas, até Bettie Page e Marilyn Monroe, muito mudaram os padrões de beleza e os ideais, femininos e masculinos.

Betty Grable

Em meados da década de 1960, com a evolução de revistas como Playboy e Penthouse, as pin-ups inocentes se tornaram ultrapassadas, dando lugar a uma mulher mais atlética e a fotografias mais explícitas, voltando apenas recentemente a gozar de prestígio graças aos saudosistas e ao new swing, além do revival do burlesco, na última década. Pela volta à voga do estilo, muito devemos ao bom e velho rock'n'roll.

Para evitar mal-entendidos, melhor deixar tudo às claras. Não vejo nada de mais na pornografia, aliás, aprecio todo tipo de entretenimento adulto. Este sempre existiu, na literatura e em ilustrações e cartões postais antigos, e se aprimorou com o advento da fotografia. Apenas prefiro a provocação ao explícito, o erótico vintage (incluindo fotografias antigonas de sexo) ao atual. É uma questão de gosto.

Cartão Postal antigo - circa 1910

Fontes:
Gibson Girl
Pin-Up
History

Para uma leitura mais profunda, recomendo esta página: Cheesecake and the art of Pin-up.
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E agora uma pausa para uma xícara de chá, jazz no talo e um pouquinho de diversão saudável:



e mais:


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Falando de festas, amanhã danço no Rock'n'Roll Diner do CB, lá pelas duas da madruga. Vai perder?

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Previsão do tempo confusa para o fim de semana. Mas faça chuva ou faça sol, tenha um fim de semana delicioso!


xoxo

sweetie

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