sábado, 1 de agosto de 2009

*Diferenças e Semelhanças*

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Uma coisa que nem sempre fica clara para quem nunca viu uma performance Burlesca é, afinal de contas, qual a diferença entre este e o Striptease "comum". Ué, não tira a roupa igual? E não, não vejo nada de mais ou de errado no strip comum. Embora eu ainda concorde com aquela máxima que diz que
"o Pornô matou o sexo."
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Lili St. Cyr, performer clássica, estrelou alguns filmes do segundo escalão de Hollywood na década de 50 e inspirou músicas e musicais (tal como Rocky Horror Picture Show)
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Achei uma entrevista interessante no TheStar.com em que o Dr. Lucky, PhD em Teatro e Artes Performáticas e professor da Universidade de Nova York e New York School of Burlesque, explica as diferenças. Abaixo, traduzido do original (parênteses com itálicos são notas da tradutora).
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"1.Público: O público em um show de burlesco é misto, geralmente (com) pelo menos 50% de mulheres.

2. Tease (Provocação): A provocação é exatamente o que parece: um/a performer (sim, há homens no burlesco, e se chama boylesque) brincando com o público como um gato com um rato para deixá-los absortos na estória ou coreografia, ou na série de eventos se desenrolando no palco. A provocação ajuda a exagerar e prolongar os eventos enquanto promete e assegura o apelo da distância.

3. Economia: Há alguns/mas novos/as performers burlescos/as que sobrevivem financeiramente da sua arte, mas são poucos/as. A maioria dos/as performers burlescos/as o fazem por amor, não porque vão ganhar a vida fazendo aquilo. Strippers comerciais ganham a vida com o trabalho que fazem.

4. Autoria: Performers burlescos/as geralmente criam seus próprios números, personas, figurinos, coreografias e fazem seu próprio figurino, aplicam sua maquiagem e perucas. São agentes, empresários, diretores criativos e "documentadores". O/a performer burlesco/a está em controle de sua imagem.

5. Variedade Estética: Uma das características mais notáveis do novo movimento burlesco é que este inclui uma grande variedade de tipos e tamanhos de corpo, idades e estilos performáticos. A variedade estética reina. Então, ao invés da repetição de um mesmo tipo de ideal de corpo, o burlesco geralmente celebra a diversidade.

6.Entretenimento: O papel primário de um/a performer do novo burlesco é entreter. Performers podem escolher ficar depois de uma apresentação e interagir com o público, mas não é obrigatório.

7. Teatral: O novo burlesco tende a uma representação exagerada de gênero. Muitos/as performers de neo-burlesco tem narrativas em seus atos: imagine uma mini-peça com roupas escandalosas e teatralidade exagerada onde se revela uma "reviravolta" na estória. Então você pode começar a imaginar o mundo do neo-burlesco".

Sally Rand parou a feira mundial de Chicago em 1933 com seu número dos leques, atualmente um clássico. Até hoje se debate se estava ou não nua por trás das penas de avestruz.

Acho interessante notar que o Striptease, fora do Brasil, é comumente chamado de exotic dancing (ou dança exótica). Embora o vídeo a seguir, para pessoas mais "sensíveis" possa beirar o bizarro. Ou o vulgar.

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Já o Pole Dancing, é um puta exercício aeróbico, e bem feito, um espetáculo acrobático. Pena que não seja comum por aqui.
(imagem daqui)
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Para uma dose saudável de bizarro de outra variedade, hoje a noite eu danço no Projeto Luxúria.
S&M, Commedia De La Arte e o Arlequim...
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Ah, e quem for ganha uma senha para ter acesso ao site da festa, com matérias (algumas minhas), fotos e ensaios exclusivos. Vai perder?
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