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Nas últimas duas semanas gravei um vídeo novo e fui fotografada pelo Alex Korolkovas para uma gravação da Multishow.
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O vídeo era um projeto antigo do meu editor na Época São Paulo, explicando e ilustrando os diferentes estilos de burlesco.
Eu adoro abusar de clichês, como vocês bem sabem.
Demoiselle Mimi Mi é super teatral em seu strip-tease reverso.
Eis o meu texto original explicando os outros estilos não ilustrados na matéria:
"O revival do burlesco começou em 1993 com nomes como Catherine D’lish e Dita Von Teese. O neo burlesco, como é conhecido, costuma homenagear o estilo norte-americano clássico, com elementos como o striptease, sátiras e a preferência pelo jazz e pelo blues. Como gênero de performance, pode ser usado como crítica social ou entretenimento e hoje abraça a pessoas de todos os tipos, tamanhos e sexos.
Contexto, estilo, intenção e relacionamento com o público são o que diferenciam uma performance burlesca de um simples striptease. Roupas elaboradas, elementos de cena e bom humor são itens indispensáveis. Mesmo que não haja uma maneira “certa” ou “errada” de fazer burlesco.
Embora existam tantos estilos de burlesco quanto existem dançarinas, podemos identificar algumas tendências em relação a estilo e gênro. A grande divisão fica entre o estilo glamouroso e o clássico, teatral.
Glamour: A preferência é pelo apelo estético em detrimento da história ou sátira. Os figurinos costumam ser elaborados e as performances contêm mais dança. A persona da dançarina sobrepõe-se à personagem.
Teatral: Dá preferência a contar uma história através do conjunto da música, figurinos e elementos de cena. Também pode incorporar outras habilidades além da dança. O personagem se destaca, em detrimento da persona da dançarina.
Um estilo não exclui ao outro, mas se complementam em diferentes medidas. Também podemos delinear personas dentro do neo-burlesco. As mais comuns são:
Femme fatale: Também conhecida como vixen ou vamp, é inspirada em figuras femininas poderosas, como heróinas de filmes noir.
Pin-up: o estilo cheesecake é usado por personagens ingênuos e desastrados, que acabam perdendo a roupa por acidente ou força das circunstâncias.
Rock’n’roll: de metal a rockabilly e psychobilly, o rock é influência visível no neo-burlesco.
Dark cabaret: Incorpora temas mais obscuros e góticos, com referências lúgubres, fetichistas e um tanto freak.
Tropical: dançarinas havaianas, flores, palmeiras, ritmos latinos e Carmen Miranda são algumas das referências bem humoradas deste estilo.
Clichê: enfermeiras, empregadas, bruxas, dominadoras. Nenhum clichê está a salvo de ser levado à máxima potência, reconstruído e ridicularizado de maneira kitsch.
Crítica social: se utiliza de vários elementos, como o clichê e a música, para fazer referência a problemas femininos ou mundiais, como o icônico número norte-americano de Dirty Martini.
Boylesque: engloba de homens travestidos a mulheres que não se encaixam no padrão feminino."
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Quanto às fotos com o Alex Korolkovas, incríveis, compartilho com vocês minha nova foto favorita, segurando meu inseparável alter-ego Cap. Cookie.
E mais algumas, just because... são divertidas.
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